quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vamos nos conectar a um Universo consciente?



Já há alguns séculos nos condicionaram a acreditar que somos máquinas materiais e que vivemos em um mundo onde nossa capacidade de escolha não tem lugar algum. Mesmo que gritemos nossa liberdade através do livre arbítrio, continuamos prisioneiros de pensamentos e sentimentos cristalizados que tiveram origem em antigos contextos e conceitos aprendidos no decorrera dos tempos. Descartes dizia: Penso, logo existo. No entanto a física moderna, em suas ultimas descobertas, nos traz a possibilidade de reflexão sobre muitos conceitos. Ela diz que nossas opções têm o poder de criar um nova realidade, uma nova vida quando fazemos uma escolha consciente. Digo consciente porque as escolhas que fazemos podem ser conscientes ou não. E é exatamente a possibilidade que temos de dar um salto para bem longe desse velho contexto que criamos que nos dá a liberdade de fazer essas escolhas. Dessa forma, a física quântica, ou a nova física, nos diz que a capacidade de optar, nos torna conscientes das experiências que escolhemos. Mas o que isso significa?
Durante toda nossa vida, a todo tempo durante nosso dia a dia, enfrentamos inúmeras possibilidades de escolha. Inúmeras alternativas se colocam à nossa frente e assim reconhecemos algo que faz parte de nós, nossa maneira de ser, pensar e sentir, nosso “eu”, nossa identidade. A maior dificuldade que encontramos é a duvida entre o que escolher ou não escolher. Exercitar o livre arbítrio e assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas, ou ficar nas mãos da vida e deixá-la seguir seu curso sem a interferência de nossa vontade?
Pensamos que a escolha é somente algo feito por nossa mente consciente, no entanto, e é aí que existe o maior perigo, é que fazemos escolhas também reagindo a estímulos inconscientes, ou seja, não fazemos escolhas somente quando temos consciência que as estamos fazendo, pois nosso inconsciente trabalha mesmo sem a permissão de nossa consciência. Mas o que é o inconsciente?
O inconsciente é aquilo para o qual existe consciência, mas não há percepção. A consciência é, na verdade, o fundamento do nosso ser. É onipresente, mesmo quando nos encontramos em estado inconsciente. Portanto, reflita: é o nosso “eu” consciente que continua inconsciente de quase tudo a maior parte do tempo. No entanto, nosso inconsciente não dorme nunca, está sempre consciente,. Pense no seguinte: recebemos milhões de informações diariamente, no entanto, a única parte em nós que se apercebe de todas essas informações é o nosso inconsciente. Nós percebemos as informações, mas não somos conscientes delas. Quanto mais conscientes nos tornarmos de nossos processos e percepções inconscientes, mais capacidade de escolhas teremos. Portanto, nesta nova era, que é a era da consciência, a máxima de Descartes é substituída por: Escolho, logo existo. O sujeito consciente e capaz de criar uma nova vida para si é aquele que faz suas escolhas conscientemente.
Reflita sobre essas palavras e decida-se adentrar definitivamente em uma nova era que já está com as portas abertas para quem compreendê-la. Expanda sua consciência, faça suas escolhas e construa uma nova vida para si mesmo.



sábado, 22 de setembro de 2012

Sobre a dor da morte


“A morte pertence à vida, como pertence o nascimento. O caminhar tanto está em levantar o pé como em pousá-lo no chão. -  Tagore – Pássaros errantes, CCXVII

Morte.
O que dizer a uma pessoa no momento em que a dor da perda retalha sua alma?
No momento em que perdemos um ente querido, sentimos como se um membro nos fosse arrancado, tamanha a dor da separação. A dor é inevitável, e infelizmente ainda é através dela que crescemos, aprendemos, amadurecemos.
Gostaria de humildemente tentar ajudar a dirimir, mesmo que de maneira ínfima, a dor de pessoas que, neste momento sofrem com a perda de um amor, um ente querido, seja esta qual for.
Se você está neste momento passando por uma situação de perda e morte, é natural e legítimo o seu pesar e sofrimento. E sentir que o mundo perdeu seu significado, tornou-se vazio que a vida perdeu seu valor, também é compreensível e válido, mas saiba que, esse sentimento tem um tempo de duração e você deve estar atento a esse tempo. É claro que a saudade sempre estará presente, mas com o passar dos anos, ela será naturalmente colocada no cantinho mais caro de seu coração. Naturalíssimo é o vosso pesar e arrebatamento, mas conforme o tempo passa você deve tentar compreender o verdadeiro sentido da morte.
Acredito que se algumas coisas forem esclarecidas, muito do sofrimento poderá ser evitado quando a inevitabilidade do enfrentamento se fizer presente. Carregamos durante séculos um acúmulo de falsas crenças que nos têm causado inúmeros males e muita dor. E se pudermos compreender que na verdade a existência da morte é fruto de nossa ignorância, este sim seria o maior benefício que poderíamos prestar a nós mesmos.
Os ensinamentos teosóficos podem nos trazer uma maior capacidade de compreensão da morte e diminuição dos nossos sofrimentos. Vivemos por muitos séculos presos à idéia de um mundo materialista e compartimentado, uma visão cartesiana da realidade. Hoje a idéia de mundo é mais orgânica, ou seja, o planeta e o Universo são compreendidos como um grande organismo onde tudo é conectado, do qual fazemos parte. Portanto, seria interessante avaliarmos, sob esse novo paradigma, a idéia da morte e do morrer. Quando conseguirmos observar a nós mesmos, isentos da materialidade que nos aprisiona, poderemos perceber a morte como parte natural de um processo evolutivo que continua em outra dimensão. Uma dimensão existente, mas incompreensível porque infelizmente, nossos limitados sentidos ainda não nos permite compreender. Pouca coisa termina com a morte e muita coisa sobrevive. Nossa dor na verdade é a dor da separação, da inevitabilidade e da impotência que vivemos quando perdemos alguém que amamos. Nosso apego, mesmo energeticamente falando é muito forte, nossos corpos mais sutis estão acostumados à influência e troca com os corpos de nossos seres amados. Há uma troca energética e natural, afinal estamos conectados através de nossas emoções e pensamentos. E quando essa energia nos deixa, a dor nos acompanha por algum tempo, uma dor que como ondas se reflete em todos os nossos corpos, físicos e não físicos. Por algum tempo, não temos muito que fazer a não ser viver intensamente essa dor; ela é inevitável. Algumas pessoas precisam de maior tempo para poder elaborar essa perda, outras elaboram com maior facilidade, e isto nada tem a ver com o tamanho e qualidade de amor que sentem pelo ente que partiu. Existe uma crença, uma falsa crença devo dizer que a medida de nossa dor é proporcional à medida do amor que sentimos. Saiba que em nada beneficiamos o ente falecido com a nossa dor e apego. É muito importante saber que uma pessoa que morre passa para uma vida superior e mais feliz do que esta, e que certamente terá continuidade a uma outra ainda mais gloriosa no mundo astral superior. Não devemos nos esquecer nem por um minuto que nosso corpo físico abriga nossa alma e que a passagem por este plano faz parte de sua jornada. O maior benefício que você poderá prestar ao seu ente querido e a maior prova de amor que poderá dar a ele é a prática da oração. A oração e o pensamento amoroso sempre chegam até ele e o auxiliam. Sua oração e pensamento deve ser firme e direta, visualizando essa pessoa como se ela estivesse bem à sua frente. A oração funciona como um fio condutor de eletricidade e inevitavelmente chega até seu objetivo. A Igreja Católica possui uma pequena oração, mas de significado grandioso que diz o seguinte:
“Réquiem eternam dona ei. Domine et lux perpetua inceat ei”, que quer dizer: “Dai-lhe, ó Senhor, o descanso eterno, e ilumine-o, a Luz perpétua”.
Essa pequena oração tem extraordinário efeito e certamente se você a fizer diariamente direcionada a seu ente querido, sua ação estará de acordo com a maior lei que rege este Universo que é a lei de causa e efeito. Sua ação positiva inevitavelmente causará uma reação da mesma forma positiva. E ambos, você e seu ente querido poderão encontrar a paz.

sábado, 15 de setembro de 2012

Influência da Lua Nova de setembro


Terra influência da Lua Nova em Virgem
Sábado, 15 de setembro, por volta das 22h30’, a Lua começa um novo ciclo, agora em sua fase Nova, no signo de Virgem. Acredito que esta seja uma das melhores Luas Novas deste difícil ano, melhorando a comunicação, trazendo rápidos e bons acordos, boas negociações e ótima comunicação. O signo de Virgem será o mais influenciado e beneficiado por esse novo ciclo lunar.
Arianos estarão envolvidos com questões relacionadas ao trabalho. Algo novo pode surgir e novas negociações podem ser feitas durante os próximos quinze dias. Saúde em ótima fase. comece um bom programa de alimentação e exercícios.
Taurinos estarão voltados para as questões do coração. algo novo se avizinha e pode acontecer a qualquer momento dentro dos próximos quinze dias. O momento é ótimo para se apaixonar ou começar um namoro. Paixões à vista.
Geminianos estarão envolvidos com questões relacionadas à vida domestica e aos relacionamentos familiares. Nos próximos quinze dias uma mudança de casa, cidade ou pais, pode começar a ser planejada.
Cancerianos passam por uma fase de muito movimento em sua vida pessoal e profissional. Bons negócios podem surgir, assim como novas e boas amizades. as viagens e os estudos também serão favorecidos durante este novo ciclo.
Leoninos podem esperar por novidades em suas finanças e na vida material em geral. A aquisição de um novo bem é possível durante este ciclo lunar, ou mesmo um novo projeto que prometa aumento de seus rendimentos.
Virginianos serão os mais beneficiados durante este ciclo, que certamente trará boas novidades em todos os setores da vida. A melhora da comunicação e ótimos acordos de negócios são as promessas para os próximos dias.
Librianos sentirão grande necessidade de maior introspecção e reclusão durante esta semana. O momento pede reflexão e algumas mudanças positivas em seu mundo emocional. Os dias serão emocionalmente mais tranqüilos.
Escorpianos sentirão um imenso bem estar na companhia de amigos e podem esperar por novos amigos que chegarão até vocês. Um trabalho em equipe iniciado há alguns dias atrás ganha um novo fôlego e colorido.
Sagitarianos podem esperar por um novo passo em sua carreira e vida profissional. O momento é de boas novidades e crescimento. Um novo projeto, uma promoção ou o convite para um novo emprego podem surgir nos próximos dias.
Capricornianos podem esperar por um grande movimento em projetos que envolvam estudos, viagens e contato com estrangeiros. Otimismo e renovação de energias serão as marcas deste novo período.
Aquarianos podem esperar por transformações positivas em seu mundo emocional. As finanças também passam por algumas mudanças benéficas, especialmente as que envolvem sociedades ou parcerias.
Piscianos podem esperar por um novo e benéfico movimento em seus relacionamentos, sejam, eles pessoais ou profissionais. As amizades e os namoros ganham um novo colorido. Vida social intensa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Netuno em Peixes, o Senhor das águas em sua própria casa


Por volta das 16h30’ do dia 03 de fevereiro deste ano, Netuno, o deus dos mares e das águas deixou definitivamente o signo de Aquário e começou sua caminhada através do signo de Peixes. Em sua própria casa, pois Netuno rege esse signo, podemos esperar por algumas transformações importantes no nível pessoal e coletivo. Netuno permanece em Peixes, seu domicílio, durante 11 anos e nesse tempo, aprenderemos que a força do Universo atua para alem do nosso controle. Portanto, Netuno em Peixes nos convoca para o aprendizado da fé e da entrega, independente da nossa vontade, pois acontecimentos regidos por esse deus estão para alem do nosso controle. As energias de Netuno estão situadas no mais profundo do nosso inconsciente e ultrapassam os limites da razão. Portanto, a lógica não servirá de nada na ajuda dos processos netunianos que todos iremos vivenciar. O único caminho que teremos diante desse deus é o da rendição e da entrega. Somente quando entendermos sua sutileza e ausência de limites poderemos entendê-lo e trabalhar unidos a essa força. Portanto, nada de tentar resistir, se defender e racionalizar os acontecimentos trazidos por Netuno em Peixes. Devemos nos fundir e não resistir a ele.
Netuno em Peixes está naturalmente associado, associado ao misticismo, à espiritualidade, à fusão e simbiose, a um sentido de unidade, ao crescimento da alma e à inspiração religiosa e artística. Mas também, e é aí que encontramos o perigo, Netuno em Peixes se relaciona com a ilusão, a dissolução, a imaginação, ao idealismo excessivo e às desilusões.
No nível pessoal, devemos entender Netuno em Peixes como uma nova oportunidade que o Universo nos oferece para libertar o ego para um outro nível de consciência, mais um passo na direção a Aquário. É hora de tentarmos fugir de todas as limitações materiais ou emocionais e fugir durante o tempo todo da tendência à destrutividade que esse planeta traz. O maior perigo social, que já tem sido desenhado, especialmente pela juventude, é o da falta de limites diante das drogas e das bebidas. A tendência à busca do intransponível e do sutil pode passar pela destrutividade dos vícios. Essa é uma das piores maneiras de vivenciar Netuno em Peixes. Cada signo vivenciará de maneira diferente a influência de Netuno em sua própria vida e isso será tema de mais uma matéria sobre o assunto. O mais importante é entendermos de forma intuitiva o seu recado. Mas não devemos de maneira nenhuma tirar os pés do chão. O enraizamento proporcionado por Saturno deve ser vivido em sua íntegra para não corrermos o risco de nos perder em confusões. Netuno sensibiliza tudo o que toca, deixa fluido, sutil e etéreo. Portanto, o risco de ilusões estará sempre presente.
Netuno dissolve os velhos padrões de consciência, e sua passagem por Peixes pode ser um indicativo da transmutação de padrões cristalizados por aproximadamente 2.000 desta era que chega ao fim. Assimilar positivamente essa energia, pode ser um grande passo para a evolução de nossa alma e compreensão do espírito. Como toda energia, Netuno em Peixes nos traz dois lados: o bem e o mal, o positivo e o negativo, o destrutivo e o criativo. Portanto, cabe a cada um de nós fazermos a escolha acertada em direção a uma nova era.
Netuno tem a ver com energias coletivas. Um deus que rege as águas em sua própria casa, pode trazer algumas conseqüências desagradáveis para todos nós. Em um ano regido pela Lua, no horóscopo chinês regido pelo Dragão de água e com Netuno no signo de Peixes, podemos esperar por eventos relacionados a esse elemento. Enchentes, tsunamis, muita chuva, problemas no transporte marítimo, rios que transbordam, diques que arrebentam e toda sorte de acontecimentos onde as águas extravasam.
Vamos esperar então pelas mudanças energéticas vindouras, sentir qual o caminho que o Universo indica a cada um de nós e torcer para que Ele seja generoso e acolhedor na nossa luta diária pelo crescimento. Boa sorte a todos nós!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O significado astrológico da Última Ceia de Leonardo da Vinci

Vamos entender um pouco a astrologia, essa energia mágica que movimenta a vida de todos nós. Se olharmos para o zodíaco poderemos entender que ele é feito de 12 princípios básicos formado por seis eixos, a saber: O eixo Áries/Libra, o Touro/Escorpio, o Gêmeos/Sagitário, o Câncer/Capricórnio, o Leão/Aquário e o Virgem/Peixes. Esses eixos nos apresentam a harmonia que precisamos encontrar para conquistar o equilíbrio tão almejado na vida. Leonardo Da Vinci nos apresenta todo seu conhecimento de Astrologia e Psicologia em seu quadro” A Ultima Ceia”, mostrando o quão profundo era seu conhecimento oculto. Tudo no quadro “A Ultima Ceia” é simbologia, não somente da Astrologia, mas também da Numerologia. Como diz Emma de Mascheville, uma grande astróloga alemã que passou por nós, “as linhas diagonais no quadro “A Ultima Ceia” cruzam-se no coração de Cristo. O centro do círculo do arco da porta está na testa de Cristo, e isso representa a luz no mundo, a unidade e a fonte de vida rodeada dos doze tipos humanos, sendo cada apóstolo um receptor das doze forças básicas originadas pela trindade da luz e seu espectro, que formam os doze pólos e os seus eixos”.

Primeiro Eixo: Áries/Libra

Áries, no quadro, representado por Simão, o líder que usa a energia, a força, a iniciativa, a decisão e a luta. Ele está sentado na ponta da mesa gesticulando com agressividade. Pessoas de Áries usam armas para solucionar seus problemas e acabam aprendendo conforme amadurecem que não podem agir cegamente, sem medir as conseqüências de seus atos. E que o seu desejo, seu impulso e sua verdade precisam ser ponderados. Áries gosta de impor, mas precisa aprender a ceder. Áries é o homem e a sua independência, é a ação do Eu.

Libra, ao contrario de Áries precisa aprender a impor-se e agir. Libra é simbolizado por São João e nos mostra a beleza, a harmonia, é o que medita e mede. Ele é o que colabora, o que coordena. Na pintura ele está com a cabeça inclinada para evitar o impacto da energia de Áries. Diferente de Áries, ele considera o Eu e o Tu. Libra é a humanidade, a coletividade e a justiça. Libra é a consciência do Tu. Toda procura de harmonia e justiça de Libra torna-se desequilíbrio e aniquilação quando não há energia e ação.

Segundo eixo: Touro/Escorpião

Touro, um signo de matéria é simbolizado por Judas Tadeu, regido pelas glândulas. Signo da realização, da obediência, da formação da matéria através do desejo. Mas também da consciência do desejo para não se tornar escravo da matéria, pois de nada adianta ter a matéria e não utilizá-la e transformá-la. Touro é dedicado, extremamente carinhoso, mas precisa aprender a dominar os seus desejos. Touro aceita e executa, protege e mantém. Mas também sabe ter autoridade e sangue frio. Deve aprender a autoridade sobre seus desejos e suas realizações, e procurar uma organização consciente para não sucumbir e fracassar diante das exigências da vida.

Escorpião é o signo da autoridade, da organização, da força criadora. É regido pelos órgãos genitais e simbolizado por Judas Escariotes. Este é o signo da morte, da destruição da matéria para a transformação e libertação do espírito. Quem conseguir entender Judas Escariotes de Leonardo da Vinci perderá a má impressão que esse signo muitas vezes deixa, pois este signo tem uma grande função em nossas vidas. Judas Escariotes era o organizador na comunidade dos apóstolos. Todo escorpião possui grande capacidade de administração. Ele foi político e reconhecia o poder de Cristo como o grande libertador. Escorpião precisa aprender a brandura, a doçura e o amor. um amor sem raiva e sem ódio.

Terceiro eixo: Gêmeos/Sagitário

Gêmeos carrega em si a esquerda e a direita, as leis que regem o movimento e a formação do intelecto através das informações do meio. Adapta-se facilmente às circunstâncias, tem o dom da palavra e da comunicação. Da Vinci nos mostra na figura de São Mateus os gestos e as expressões típicas de um geminiano. O terceiro na ordem dos apóstolos, o repórter da vida de Cristo, o que tudo viu e conviveu. Gêmeos quer falar para todas as direções ao mesmo tempo. Pessoas desse signo precisam criar paralelas, não dispersar o que aprendem com facilidade, mas pensar e criar a meta e o alvo a ser atingido. Gêmeos é a inteligência e precisa fixar o pensamento para um alvo.

Sagitário, simbolizado por São Pedro, rege as coxas e a circulação. É o nono signo, simbolizado pelo Centauro, expressa a lei da evolução. Sagitário representa a lei, o dogma, a religião e a filosofia. Sagitário possui o pensamento fixo no alto, no Universo, em Deus. São Pedro, com a faca na mão direita simboliza também a fera, o animal que habita o homem. A parte superior mostra o homem que olha para frente, que busca o avanço, com o dedo apontado para o Divino. É o animal humano em busca de Deus. Sagitário atinge o alvo pelos movimentos da vida. Seus ideais são altos, morais e elevados. Através das quedas o entusiasta dogmático e defensor das leis torna-se o filósofo realizado internamente. Sagitário é a força espiritual.

Quarto eixo: Câncer/Capricórnio

Câncer representa a sensibilidade, a visão do amanhã e a conservação emocional do que se foi. Com seus passos para frente e para trás representa também e fé e a gratidão. Na obra de Da Vinci é representado por Felipe que foi encantado pela visão em Cristo. Fisicamente tem o rosto cheio e as mãos macias, expressando o “vem a mim”. Representa a sensibilidade e a emotividade e precisa aprender a confiança em si, em suas escolhas e em seus próprios pés. Deve usar sua intuição e visão no caminhar seguro de cada dia, realizando a própria esperança.

Capricórnio é a cabra montanhesa, a expressão da segurança e da prudência, da concentração e da capacidade de subir passo a passo a montanha. Simbolizado por André, é a razão, a confiança e o raciocínio. É o homem compromissado e assustado pelo dever, pela responsabilidade e pela preocupação de ter calculado e raciocinado com certeza. É a representação da confiança no hoje. Deve aprender a suavidade, a fé e a certeza de que o caminho amanhã será tão seguro como o de hoje.

Quinto eixo: Leão/Aquário

Leão significa o Rei, o centro e o governo. Aquele que exerce o magnetismo e a disciplina. Leão é a atração, o coração, a força solar atrativa. Simbolizado por Tiago Menor mostra em seu gesto com os braços abertos a certeza de que leão abraça tudo o que está em seu entorno, mas sempre viando o seu próprio coração, o ponto central. Leão é leal, confiável em seu próprio poder e força em sua alegria pela vida e disciplina. Leão é a vontade tempestuosa de sacudir e renovar em direção ao progresso, limitado pela lei da ordem e consciente do processo evolutivo.

Aquário traz o pioneirismo em suas raízes mais profundas. são os precursores de movimentos sociais, são originais, buscam a liberdade o tempo todo, não têm preconceitos, são dinâmicos, decididos e altruístas. O sentido de fraternidade está arraigado em seus corações. Mas existe um outro lado em aquário: podem ser introvertidos e pessimistas, pois lhes falta a certeza do êxito e a confiança no próprio poder. Na obra de Da Vinci, a mão estendida a Pedro expressa a inquietude aquariana. Podem até perguntar, mas acabam fazendo tudo à sua própria maneira. Precisa aprender que é um rei, mas que para sê-lo inteiramente precisa disciplinar sua liberdade.

Sexto eixo: Virgem/Peixes

Virgem está simbolizado na obra de Da Vinci por Tomé, sentado à direita de Jesus. Tomé procura a sabedoria, a natureza constante do movimento. Virgem é a variação da forma, a vida manifestada, o observar e o aperfeiçoar. Tomé traz a ansiedade e a inquietação em seu rosto, quer aprender e entender tudo o que vê, analisando as minúcias, os detalhes e os defeitos. Aponta e critica o erro com os dedos. Virgem precisa aprender a colocar-se no papel do outro, sentir suas dores, para não julgar e não inquietar-se pela aparente imperfeição. Precisa, na verdade entender o que está por trás de cada coisa e compreendê-las com amor. mesmo os erros devem ser compreendidos com amor.

Peixes está simbolizado por Bartolomeu, no fim da mesa. Ele traz em si um radar que o faz sentir a perfeição. No momento em que não existem palavras para explicar tudo o que sentimos, mas somente símbolos, chegamos a Peixes. Bartolomeu tem seus pés situados na Luz. Possui em si a calma, a visão ampla de toda confusão da mesa e procurando sentir, imaginar e penetrar pacificamente na razão que leva cada um a agir desta ou daquela maneira. Consegue afastar-se da dor e da ansiedade do momento, e coloca-se na Luz. Peixes deve aprender que não deve fugir para o que não é real, para sua imaginação. Se estás com os pés na terra, é nela que deve deixar a marca de sua obra e aceitar o que fere a própria sensibilidade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A dor coletiva, um momento de transição

Já se passaram 20 anos quando ouvi pela primeira vez o nome “portal”, que devo confessar, naquela época não compreendi direito seu significado. Esse nome foi citado por um mentor espiritual, que costumava estar presente em um grupo de orações para o coletivo que eu fazia parte. Foi-nos dito que seriam 20 anos de provações e que, ano após ano, alguns portais seriam abertos e fechados consequentemente. Tudo era subjetivo demais para uma astróloga sagitariana, mente científica, intuitiva sim, mas pouco conectada com o lado místico que a vida me oferecia naquele momento. Não que isso tenha mudado muito em mim, mas diante dos acontecimentos que tenho presenciado diariamente, não me permito mais negar a existência de algo que nossa mente ainda pouco desenvolvida possa compreender. A última semana, a partir exatamente do dia 26, lua nova em escorpião, o signo das transformações, as notícias começaram a chegar, uma após a outra. Todas terríveis, vindas de pacientes, familiares e desconhecidos. Provações individuais, mas pelo número de pessoas atingidas pelo sofrimento, inegavelmente coletivas. Doenças graves, físicas e psíquicas, sérios problemas financeiros, mortes e perdas difíceis, confusão, dores e infelicidades. A dor é coletiva. A Europa despenca a cada dia e a pobreza se instala em famílias que até então viviam com tranquilidade. As perdas são presentes em todas as casas. Hoje posso dizer que não conheço uma só família que não esteja enfrentando um problema grave, como os acima citados. Estamos em 2011, século XXI e pertencemos a uma civilização que caminha cegamente e sem rumo, em busca de algo perdido ou nunca encontrado. Plutão passa por Capricórnio, signo de estruturas desde 2008. É certo e sabido a todos os astrólogos que estruturas se romperiam, despencariam a partir desse ano. A crise americana marcou esse início. Sabemos todos que necessariamente as dores chegam em conseqüência das perdas. Me utilizando de um termo usado por Eckhart Tolle, autor de “O poder do agora”, o corpo de dor, posso afirmar que um corpo de dor individual, passa a ser coletivo quando muitos corpos de dor se unem num só sofrimento. Tal sofrimento se impregna na psique coletiva e como podemos constatar através das noticias que temos contato todos os dias, é aumentado progressivamente. Dessa forma o corpo de dor coletivo se renova e continuará se renovando a cada dia, pois ele sobrevive se alimentando da própria dor. A promessa de Aquário continua em pé, pois a roda da vida, na qual estamos todos atados continua girando incessantemente. No entanto, a prometida Era de Ouro certamente ainda está bastante distante e pelo “andar da carruagem” ainda temos muito trabalho pela frente. É inegável que vivemos um chamado para a abertura e despertar de uma nova consciência, que se expande a cada dia. Einstein foi o melhor cérebro que passou por aqui e somente 12% desse cérebro era utilizado. O ser humano médio utiliza 9% dele. A caminhada é longa. Ainda faltam 91% para ser descobertos por nós. Cérebro e consciência, na maioria das vezes caminham juntos. Não são as mesmas coisas, mas expandindo um, o outro também se expande. Nossa única saída é a mudança consciente que somente a abertura ao sagrado que vive dentro de nós pode permitir. A paz que todos procuramos pode começar com alguns momentos de solidão auto imposta e reflexão, seguidos de meia hora de meditação. O mundo está desabando. Valores construídos por instituições estabelecidas para manter o poder e dirimir nossos medos perdem o sentido e despencam um pouco mais a cada dia. Estamos todos perdidos, mas não devemos desistir de encontrar valores mais verdadeiros e condizentes com uma nova realidade que necessariamente devemos criar.

domingo, 30 de outubro de 2011

Impermanência

O budismo chama esse sentimento de sofrimento de mudança. Sabemos, por experiência, que tudo o que fica parado, apodrece, e que ausência de movimento é sinal de morte. Nosso corpo físico, quando morremos, paralisa e endurece pela falta de movimento e pulsação. A vida é caracterizada pelo movimento, portanto, a permanência das coisas é sinal de não vida. Pulsar é viver em constante movimento, em constante atividade. Vida é transformação constante, não existe maneira de mudar essa lei. De nada adianta querermos impor a perpetuação, a imutabilidade das coisas. Nada é permanente, tudo é passageiro. Enquanto não aceitarmos essa irrevogabilidade, não conseguiremos encontrar a felicidade. O apego às coisas, à rotina e às pessoas que passam por nós nos impede de abrir espaços para o novo. Muitas vezes, mesmo em meio à dor e insatisfação, gostaríamos de permanecer atrelados ao passado, mantendo as mesmas queixas e lamentações que impedem nosso crescimento e avanço. Quando algo começa a incomodar, a crise começa a se instalar. Nesse momento, o melhor que podemos fazer é um balanço consciente do que está errado, do que não funciona mais como antes, e, com coragem e determinação, promover consciente e objetivamente a própria mudança, antes que a vida, a Providência Divina, nosso inconsciente ou destino, se encarregue de fazer essa mudança por nós. Infelizmente, existem algumas pessoas que se recusam a mudar e preferem ficar atreladas ao passado, cultivando emoções muitas vezes sofridas ou ocasionadas por situações que, obsessivamente se recusam a deixar passar, ir embora. Devemos aprender com os budistas: Contemplar a transitoriedade, aceitar a inevitabilidade. Quando aceitamos essa realidade e ficamos atentos à inevitabilidade das mudanças, conseguimos relaxar, pois deixamos de lado o controle, entramos em sintonia com a energia da fé e da continuidade natural do fluxo vivo e pulsante deste Universo.

Precisamos reaprender o uso de nossa mente, ou seja, precisamos exercitá-la, assim como exercitamos nossos músculos.

Se colocarmos nosso olhar na direção das novas descobertas da física quântica, encontraremos alguns conceitos interessantes. O primeiro deles é que, a partir de muitas e muitas experiências, os físicos descobriram que em nosso processo mental nosso cérebro cria inúmeras possibilidades de acontecimentos. No entanto, é o olho do observador quem vai discriminar e colocar em movimento a energia da manifestação de um determinado acontecimento. No ato da observação, a consciência não só transforma a onda de possibilidade do objeto observado, como também a onda de possibilidade do cérebro. Ou seja, a observação consciente faz com que um determinado evento se manifeste, dentre inúmeros possíveis eventos. Esse focalizar faz com que a possibilidade se torne realidade. É preciso a interferência da consciência para reduzir inúmeras possibilidades a uma única realidade, o que é feito através do exercício da liberdade de escolha e da recuperação de nosso poder. A nova era é indiscutivelmente a era da consciência, que é a base da existência. O ceticismo e a baixa auto estima, por exemplo, que se unem naturalmente à falta de fé são impedidores da manifestação quântica. Eles bloqueiam o processo natural de manifestação, interferindo diretamente na intenção consciente do observador. A consciência deve ser plena, pois ela é tudo no processo de manifestação. Sem ela nada é manifestado.

Precisamos aprender, e isso fazemos através da consciência de nossos processos mais profundos, a nos libertar do ego inferior, ou seja, de pensamentos/sentimentos de menos valia, baixa auto estima e inferioridade. Todos somos merecedores de receber da vida o melhor que ela pode nos oferecer e isso depende muito de você!


About Me

Eunice Ferrari reside em São Paulo, é psicoterapeuta, astróloga, ocultista, consultora, coordenadora de cursos e praticante de ioga e meditação. Graduada em Comunicação e Artes, é especialista em Psicoterapias Corporais Neo Reichianas pelo Ágora (Núcleo de Estudos Neo Reichianos), Brasil/Alemanha, e pela Sobab (Sociedade Brasileira de Análise Bioenergética), filiada ao International Institute of Bioenergetic Analysis, Nova York, de Alexander Lowen, É formada ainda em Terapia Sacro Craniana e em massagem e relaxamento na metodologia de Phetö Sandor. Terapeuta Somática em formação pelo Instituto Brasileiro de Biossíntese e membro do International Institute for Biosynthesis of Zurich Switzerland. Também é colaboradora da editora Qualidade de Vida, criadora e locutora de CDS de meditação e poder mental. Para falar com Eunice Ferrari escreva para eunice.ferrari@terra.com.br