domingo, 23 de outubro de 2011

Por que sentimos dor?



Sentir minha própria dor. De repente um aperto no coração, bem no centro do peito.
Sem nenhum motivo aparente, sentimos uma espécie de desconforto e em seguida, sentimos medo. Quanto mais resistirmos a essas sensações, mais apertado ficará nosso peito. Em momentos como esse, o melhor que temos a fazer é investigar com coragem o motivo dessa sensação. Por que afinal estou com medo? Por que meu coração está apertado? Qual o perigo real dessa situação? O que pode acontecer realmente?
Todos nós sentimos alguma espécie de dor. Mas será que é impossível viver sem sentir dor?
A psicologia corporal profunda nos ensina que quando não sentimos nenhuma espécie de dor, é sinal que a estamos negando, e isso acaba por desencadear estados de ansiedade ou entorpecimento. É como se estivéssemos vivos pela metade. Toda experiência e crescimento humano é carregado de dor. Diz o ditado que crescemos através do amor ou da dor, no entanto, acredito que ainda nos encontramos em um estágio de evolução onde a ignorância prevalece sobre a consciência. E basicamente, é a ignorância que nos leva a esse sentimento. A palavra dor vem do grego pornos, que quer dizer dedicação ou esforço para se conseguir alguma coisa. Ainda vivemos sob esse paradigma, a lei do sacrifício ainda está impregnada em nosso inconsciente pessoal e coletivo. Em nossa ignorância, somos nós que criamos a dor. Vivemos em um mundo onde a lei da transitoriedade não é muito compreendida. Quando aprendermos que as mudanças fazem parte do próprio processo vital, ou seja, que vida é movimento, que todo processo de estagnação está próximo da morte, lidaremos com as crises de uma forma mais tranqüila e até mais amorosa para conosco. A dor existe para resolvermos uma crise, que sempre é desencadeada quando nos recusamos a fazer as mudanças necessárias em nossas vidas. Toda energia que pede movimento, espaço para fluir, deve ser respeitada e esse espaço deve ser dado, caso contrário estaremos deflagrando um processo de crise. Quando nos negamos às mudanças, impedimos que esse movimento aconteça e, por conseguinte, impedimos o fluxo da própria vida. Cria-se dessa forma uma energia morta, como água parada, que apodrece e começa a nos fazer mal. Esse estado que criamos se chama dor. Mas porque resistimos tanto às mudanças, se sabemos lá no fundo que elas são inevitáveis e necessárias para o nosso crescimento? Simplesmente porque temos muito medo do novo, do desconhecido. Para algumas pessoas, infelizmente, todo lugar conhecido, por pior que seja, muitas vezes é melhor do que o desconhecido, permanecemos assim na zona de conforto. Mudar requer força, muitas vezes sacrifício, coragem e muito trabalho. No entanto, se você permanecer em um estado de estagnação, sua dor não cessará enquanto não fizer as mudanças necessárias, as mudanças que sua alma pede para a continuidade de sua evolução. Portanto, quando o momento de crescer, de dar um passo à frente na vida chegar, não hesite, dê o primeiro passo que a própria vida mostrará a você o resto do caminho. Só não pode ficar parado com cara de paisagem, fingindo que não é com você. É com você sim, e é preciso ter coragem para seguir adiante. Caso você escolha ficar sempre no mesmo lugar, não terá direito a reclamações ou queixas. A responsabilidade por sua vida e por suas escolhas é somente sua. Normalmente quando você decide pela mudança, metade de sua dor vai embora, você começa a sentir alívio. Isso acontece porque a dor nasce do conflito; sem conflito, não existe dor. Mas quando há conflito é necessária a consciência. Você precisa conhecer profundamente os motivos que o estão levando a um estado de dor. A dor é o resultado da luta entre a vida e a vontade de estagnação, ou seja, a força da não vida. Por isso sempre falo a todas as pessoas da necessidade que temos em nos conhecer. O auto conhecimento é o primeiro passo que damos em direção à consciência dos motivos que trazemos em nós e que são desencadeadores de dor. Ninguém deseja ao menos conscientemente sentir dor alguma, por isso minha proposta a você é que procure conhecer seus motivos, suas ações e reações, seus pensamentos e emoções o mais profundamente que conseguir. Somente dessa forma você poderá, já que todo processo de dor ainda é inevitável, tê-la sob seu controle e não o contrário.

4 comentários:

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About Me

Eunice Ferrari reside em São Paulo, é psicoterapeuta, astróloga, ocultista, consultora, coordenadora de cursos e praticante de ioga e meditação. Graduada em Comunicação e Artes, é especialista em Psicoterapias Corporais Neo Reichianas pelo Ágora (Núcleo de Estudos Neo Reichianos), Brasil/Alemanha, e pela Sobab (Sociedade Brasileira de Análise Bioenergética), filiada ao International Institute of Bioenergetic Analysis, Nova York, de Alexander Lowen, É formada ainda em Terapia Sacro Craniana e em massagem e relaxamento na metodologia de Phetö Sandor. Terapeuta Somática em formação pelo Instituto Brasileiro de Biossíntese e membro do International Institute for Biosynthesis of Zurich Switzerland. Também é colaboradora da editora Qualidade de Vida, criadora e locutora de CDS de meditação e poder mental. Para falar com Eunice Ferrari escreva para eunice.ferrari@terra.com.br